sexta-feira, 13 de março de 2015

Bless Optical: uma referência em óculos especiais em São Paulo. Como se iniciou essa arte?

Atualmente, óculos são peças, acessórios de moda que corrigem a visão, ou, no caso dos óculos solares, a protegem e confortam. Esta afirmação é tão verdadeira que eles são inclusive utilizados sem lentes corretivas para, por exemplo, dar charme adicional ou insinuar determinada característica, por exemplo, a personagens de cinema ou televisão.

Na verdade, em termo de correção a deficiências em áreas especificas da saúde, os óculos foram os únicos até o momento a passarem do patamar de objeto necessário para correção de doença a peça de valorização do aspecto. Eles refletem características de personalidade, podem ser variados conforme situações ou vestimentas podem ser produzidos com materiais nobres inclusive ouro e adornados com diamantes tornando-se jóias e eventualmente são até colecionados.

Sou uma admiradora desse objeto chamado óculos. Certa vez li uma publicação que apresentava, na divulgação de um espaço dedicado à óptica, uma foto de um exemplar diferente dos que já havia visto e fui visitar então o estabelecimento apontado.

A grata descoberta do local chamado Bless Optical e o afetivo atendimento pela equipe comandada por Paulo De Laurentis, por sinal, a mesma desde que os conheci, aumentaram meu gosto, conhecimento e, como não, aquisição de novos exemplares.

Fachada da Bless Optical
Vista parcial do espaço da Bless
Em São Paulo há mais de duas décadas, auxiliam seus clientes/amigos a usar as tendências da moda e da tecnologia a seu favor. São consultores, participando da escolha da armação mais adequada para o formato de cada rosto e da necessidade individual.

Este post apresenta esse local especial e único em São Paulo, que permite ao paulistano, homem ou mulher, o acesso às tendências de design de óculos e lentes mais modernos, sofisticados e atuais que existem pelo mundo sem precisar sair da cidade, alguns com exclusividade como os óculos da marca Vinilyze (das fotos), feitos de vinil e charmosamente apresentados sobre um antigo disco de vinil.

Também há os acessórios vindos de vários países como as valorizadas “correntinhas” para prender os óculos, porta-óculos de vários modelos, broches etc.

Correntinha com pequenos óculos
Corrente de cristais




Os” Blessers”, como são chamados, também podem ter acesso às novidades em estilo, cores, material, saúde e tecnologia acessando a revista digital do projeto da BLESS OPTICAL MAGAZINE.

Escolhi algumas fotos para mostrar esse local agradável para poder escolher seus óculos com tranqüilidade, conforto, muita orientação e acompanhado por um cafezinho.

O local? Rua Guararapes, 476 - Brooklin
Contato: (11) 5531-3479

Aqui é feito o cafezinho ...
... e servido nestas xícaras 

Óculos Vinilyze feitos de discos de vinil  
Exclusividade da Bless
Detalhe das cadeiras
Para carregar os óculos junto ao corpo











... nem sempre foi assim, um prazer em adquirir e usar óculos

Hoje em dia é natural buscar um médico especialista para receitar lentes corretivas quando há dificuldade de visão. Também é natural e até prazeroso aliviar a claridade de um dia de sol com óculos escuros.

Mas nem sempre foi assim. A história dos óculos é imprecisa, pois a tentativa de melhorar a visão vem desde um remoto período antes da era cristã.

A literatura refere que a primeira referência histórica sobre a existência de aparatos ópticos está registrada nos textos do filósofo chinês Confúcio, 500 anos antes de Cristo. Peças de vidro eram utilizadas apenas pelos nobres chineses como objetos de adorno para discriminação social em relação às pessoas do povo, sem outros objetivos.
Por longo tempo os filósofos desvalorizaram a visão em prol da importância das características emotivas pessoais para o crescimento do ser humano.

Também há registro de uma peça tipo máscara, feita de osso pelos esquimós antigos, que possuía uma fenda horizontal para limitar a entrada dos raios solares e proteger a visão. A foto, bem como a maioria dos dados históricos aqui descritos, foi obtida do livro Eyewear, a Visual History, de Moss Lipow, 2011.

Esquimó com artefato óptico para proteção solar
No século I depois de Cristo algo parece ter mudado. O imperador Nero passou a utilizar uma esmeralda para assistir às famosas lutas públicas dos gladiadores nas arenas romanas.

Logo a partir do desenvolvimento da escrita foram desenvolvidas as primeiras lentes com o objetivo de corrigir a visão. Na Idade Média muitos monges passavam sua vida copiando manuscritos e a deterioração da visão pela idade, que agora já atingia a expectativa acima da quarta década, estimulou a busca por algum material auxiliar. Pedras como o cristal de rocha e especialmente o berilo, chamada de pedra da visão, foram os protótipos das futuras lentes corretivas. Cortes finos da pedra eram colocadas sobre os textos aumentando o tamanho das letras.

No século XIII ocorreu outro avanço: durante as cruzadas, as viagens ao Oriente começaram a necessitar especialistas em contabilidade, leis e atividades mercantis. Os textos consultados referem que foi em Florença, na Itália, que foram desenvolvidos os primeiros óculos, lentes corretivas junto ao rosto, por um monge chamado Salvino degli Armati. Eram duas lentes redondas unidas por peça de osso e que exigiam extrema habilidade para serem movimentadas em busca de um ponto de maior foco de visão. Essa invenção fez com que os italianos passassem à História como os inventores dos óculos.

Este tipo de peça levou alguns séculos para se aperfeiçoar e desenvolver uma ponte nasal fixa, que posteriormente era presa atrás das orelhas. Os materiais das “armações” eram agora de osso, casco de tartaruga, marfim ou couro. Todos os óculos tinham lentes apenas redondas e eram de produção manual.

No século XIV, na China, durante a dinastia Ming, as lentes eram tingidas com chá para tratamento das conjuntivites. Nessa época os óculos eram raros e muito caros, a ponto de serem deixados em testamento com herança junto com as jóias como fez Carlos V, O Sábio, rei da França (1364-1380).

No século XVII os óculos já não eram privilégio das classes mais altas e eram comercializados por vendedores ambulantes e selecionados pelos compradores após muitas provas para escolha da lente.

Enquanto os óculos agora já eram presos por fitas de seda ou tiras de couro, inovações metalúrgicas no século XVIII levaram ao surgimento de armações de metal. Em 1785 Benjamin Franklin inventou os primeiros óculos bifocais, com duas lentes à frente de cada olho unidas pela armação possibilitando enxergar de longe e de perto em um único acessório.

É dessa mesma época que surgiram os óculos com uma só lente, os monóculos, usados pelas damas e cavalheiros da alta sociedade na Alemanha e na Inglaterra.

Outro século se passou e, em meados do século XIX houve a inovação do plástico, e sabe como? O jogo de bilhar era muito popular e apreciado na época, mas suas bolas eram confeccionadas em marfim, material que já estava em extinção. Uma empresa do ramo da época chamada Phelan and Collander ofereceu então um prêmio em espécie para quem sintetizasse um material que pudesse substituir o marfim e assim, em 1868, o norte americano John W. Hyatt inventou o celulóide. Em 1870 essa nova matéria prima aperfeiçoada e agora batizada de plástico artificial, já era produzida e comercializada na produção de óculos que agora passavam a ter cores variadas.

A emergência da cultura do consumismo e da mídia de massa auxiliou no progresso da produção de óculos. No início do século XX, no final da década de 1920, Hollywood tornou-se a referência na produção mundial de filmes de cinema e de tendências de moda. O clima quente e ensolarado praticamente obrigou o desenvolvimento de óculos de sol para as tomadas externas e atores eram fotografados utilizando-os. Se hoje exibimos óculos solares lindos e tão variados, com certeza podemos agradecer aos atores de Hollywood que estimularam seu uso, agora de melhor qualidade, como complemento estético.

Após esse longuíssimo tempo onde o formato das lentes era invariavelmente redondo, em 1931 as dobradiças foram colocadas na parte superior das armações e propiciaram a criação de novos formatos de óculos. Era a chegada dos “olhos de gato”, que substituíram com êxito os “olhos de coruja”.

Daqui para frente a história já é mais conhecida. Cada momento e público teve uma necessidade. Trabalhadores industriais necessitavam óculos com lentes maiores. Esportistas como ciclistas precisavam de óculos com maior fixação. Pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos estimularam a criação dos famosos e ainda atuais óculos com lentes em formato de gota e a produção de lentes de melhor qualidade. A pouca durabilidade do celulóide trouxe o plástico para as armações.

Entre 1960 e 1970 era moderno um estilo menos pesado de óculos, com formas geométricas, muitos desenhos e cores brilhantes.

Butiques de óculos proliferaram e estes se tornaram cada vez mais acessórios de moda, sendo sempre considerados objetos de valor. Recordemos da grande personalidade artística musical Elton John, que até os dias de hoje nos encanta com sua imensa variedade desse acessório indispensável.

Elton John  inovou desde o início
Óculos personalizados para capa de disco
Elton com óculos vermelhos com suas inicias em Rock in Rio 2011
Talvez um dos maiores colecionadores
Óculos passaram a ser produzidos em países asiáticos, com preços inatingíveis e desencadearam novas estratégias do mundo ocidental. Como havia poucos produtores específicos, casas de alta costura, de prestígio, foram licenciadas para a produção sofisticada dessas peças tão valorizadas, e as que mais investiram foram as italianas.

Acompanhando tudo o que expusemos também está o progresso da Medicina, com profissionais cada vez mais especializados e equipamentos especiais que realizam medições cada vez mais precisas. Ocorreu também grande evolução das lentes, que, de usadas inicialmente apenas para a visão de perto, para leitura, passaram a ser desenvolvidas para a correção da hipermetropia. As lentes corretivas para miopia começaram a ser vendidas somente no século XVI .

No século XIX, um grande avanço foi conseguido na fabricação de lentes corretoras dos erros de refração quando, em 1801, o cientista inglês Thomas Young descobriu o astigmatismo. O astrônomo inglês George Airy foi o primeiro indivíduo a receber os benefícios da correção dessa deficiência.

Em 1875, ocorreu um novo avanço da ciência. Nagel criou a escala de medidas refrativas (dioptrias), adotadas internacionalmente.

A introdução dos multifocais foi em 1959, e foram desenvolvidas por Bernard Maitenaz.

Agora estamos no século XXI, com constantes novidades tecnológicas, lentes cada vez mais individualizadas para dar perfeição à visão, anti-reflexo, proteção ultravioleta, materiais mais leves, infinitos modelos de óculos que marcam tendências com muita rapidez, acompanhando os momentos culturais e evolutivos do mundo. E é neste momento que ópticas como a Bless têm uma importância especial, pois trazem o que há de mais atual em qualidade, beleza e originalidade para agradar aos olhos e, lógico, à visão.

Este é meu
Este também já é meu !
Um detalhe para ser visto pessoalmente na cidade de São Paulo.








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